Lupin III: The Woman Called Fujiko Mine (2012) Há algum tempo atrás, cheguei a uma lista (sabe-se lá como) da revista digital Ovelha s...

08:01:00 by Manuela Joana Engster
Lupin III: The Woman Called Fujiko Mine (2012)
Há algum tempo atrás, cheguei a uma lista (sabe-se lá como) da revista digital Ovelha sobre as diretoras que vão salvar os animes e me surpreendi muito. Sério, não sabia quantas mulheres dirigiam animes que eu sempre amei, como K-ON! e Chihayafuru. Não só isso: o anime queridinho do fim do ano passado também estava na lista, Yuri on Ice, da diretora Sayo Yamamoto (山本 沙代).

Sayo Yamamoto sendo fofa!

Quem é?

Sayo tem apenas 39 anos 😯! Ela nasceu no dia 13 de abril de 1977 em Tokyo, no Japão e passou a se interessar por animações enquanto estudava Arte e Design. Seu projeto estudantil, inclusive, foi uma animação sobre samurais, no qual usou o ator Toshiro Mifune (Os Sete Samurais, 1954) como inspiração. Com este projeto, procurou emprego com o diretor Satoshi Kon (Perfect Blue, 1997) que até tentou conseguir um cargo para ela na produção do Millennium Actress, mas devido a políticas do estúdio, ela acabou abandonando o projeto. Sua estreia acontecerá no Studio Madhouse com a adaptação televisiva de um shoujo da CLAMP (X, 1992-2003), sob direção de Yoshiaki Kawagiri. A partir dali, trabalhou em diversos projetos do estúdio, principalmente com abertura e encerramento de animes (Texhnolyze, Rozen Maiden:Träumend e Arakawa Under the Bridge).




Além disso, fez alguns trabalhos de storyboard e direção de animes tais como Samurai Champloo, Redline, X/1999, Ergo Proxy, Gunslinger Girl e Kemonozume. Aliás, foi com os contatos feitos com seu trabalho em Samurai Champloo que o Studio Manglobe ofereceu a ela sua primeira oportunidade para dirigir um anime solo, porém ela já estava ocupada e resolveu esperar 1 ano. Nesse meio tempo, Yamamoto resolveu viajar, adivinha só, para cá! E nosso pequeno país se tornou inspiração para que ela pudesse descobrir o tipo de série que queria dirigir. É lançado, então, em 2008, seu primeiro trabalho de direção solo: Michiko to Hatchin.

O que dirigiu?

Mitchiko to Hatchin

Michiko to Hatchin

Segundo a própria Yamamoto, ela fez esta série para que especialmente as mulheres assistissem, passando a série tarde da noite para que quando elas voltassem do serviço pudessem apreciar a animação. Nela, a mãe sozinha e presa condenada, Mitchiko Malandro (sim, é esse o sobrenome mesmo --) e sua filha Hatchin passam por diversas aventuras entre várias cidades a procura do pai da criança. Já de cara, a diretora mostra que veio pra ficar: personagens femininas fortes e de cor - algo que ainda é raridade nas animações japonesas.

Lupin the Third: Mine Fujiko to Iu Onna

Já em 2012, ela dirige Lupin III: The Woman Called Fukiko Mine (TMS Entertainment), baseado numa franquia já bem estabelecida que se baseou, por sua vez, nos trabalhos de Monkey Punch - só para ter uma ideia, Isao Takahata e Hayao Miyazaki, os fundadores do grandioso Studios Ghibli dirigiram filmes desta franquia. A diferença deste para com as outras direções é o foco: enquanto que Lupin III comandava a peça nos anteriores, neste a personagem feminina, Fujiko Mine toma as rédeas. Além disso, ela preferiu um ar mais maduro, ao contrário dos quase infantis anteriores. A animação recebeu o prêmio "Nova Face" no Japan Media Arts Festival no mesmo ano de lançamento.

Victor seduzindo em Yuri!!! on Ice


Yuri!!! on Ice

No último ano, ela resolveu mudar drasticamente o foco com esta animação, que tem personagens masculinos com traços femininos no melhor estilo Free! (2013). É, apesar do nome, não há nada de yuri - tá mais próximo de yaoi mesmo :p -; o nome vem do personagem principal, Yuri Katsuki que treina patinação artística com seu herói, o campeão russo da modalidade, Victor Nikiforov, após ter desistido, por muito tempo, de praticar. O anime acabou no fim do ano passado fazendo muito sucesso.

Considerações finais

Sayo Yamamoto é considerada uma diretora promissora no meio das animações, sendo considerada por muitos, inclusive, umas das melhores diretoras dessa geração. Podemos esperar ainda grandes trabalhos dela; o que resta descobrir é se ela vai preferir personagens femininas fortes ou vai continuar com outros no estilo Yuri - ou até, quem sabe, vai variar de tempos em tempos, podendo até arriscar-se com outros focos.




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