Quais canetas você utilizou? Que tipos de papel? Qual o formato da arte original? Essas e outras perguntas fazem parte do dia a dia daqueles que fazem e dos apreciadores dos desenhos de histórias em quadrinhos. São referencia importante para quem está começando e para pesquisa em novos trabalhos.
Marcatti facilitou nossa vida criando um imenso registro de todas suas HQs (exceto as três primeiras). Para saber o material utilizado por Marcatti é só pegar uma de suas histórias em quadrinhos, verificar os números de registro na primeira página e acessar o site http://www.marcatti.com.br/loja/hqs.asp
Aproveitamos e conversamos um pouco com o autor sobre seus registros.
Marcatti facilitou nossa vida criando um imenso registro de todas suas HQs (exceto as três primeiras). Para saber o material utilizado por Marcatti é só pegar uma de suas histórias em quadrinhos, verificar os números de registro na primeira página e acessar o site http://www.marcatti.com.br/loja/hqs.asp
Aproveitamos e conversamos um pouco com o autor sobre seus registros.
O que podemos encontrar nesses registros?
São três grupos de números. O primeiro é o número de ordem entre todas as HQs. O segundo, é o número de ordem da HQ em um determinado ano e, o terceiro é o número de ordem do ano de registro.
Por exemplo, o registro 189.5.39 é da minha 189ª história, sendo a 5ª produzida no 39º ano (desde 1977).
São três grupos de números. O primeiro é o número de ordem entre todas as HQs. O segundo, é o número de ordem da HQ em um determinado ano e, o terceiro é o número de ordem do ano de registro.
Por exemplo, o registro 189.5.39 é da minha 189ª história, sendo a 5ª produzida no 39º ano (desde 1977).
Caderno de Registros de Marcatti |
De onde vem essa organização? É neurose?
Minhas três primeiras HQs não têm esse registro. Quando minha primeira HQ foi publicada já havia passado vários meses e meu traço já estava bem diferente. Olhar o resultado impresso me fascinou e ao mesmo tempo me frustrou com relação às técnicas que já não lembrava ter usado. Na hora de desenvolvendo uma nova HQs, prever o efeito da técnica utilizada com o provável resultado na impressão me obrigava a resgatar os originais das Hqs já publicadas e compará-las com sua edição. Na época, eu só tinha três histórias, mas imaginei como seria caso fossem centenas. Comecei a tomar nota em um caderno de todos os detalhes técnicos da HQ em produção e criei essa forma numérica para indexar as histórias. Bastava olhar o número na publicação e consultar o caderno para saber que tinta, pena, papel etc eu havia usado na arte. Conclusão: é neurose, sim!
Minhas três primeiras HQs não têm esse registro. Quando minha primeira HQ foi publicada já havia passado vários meses e meu traço já estava bem diferente. Olhar o resultado impresso me fascinou e ao mesmo tempo me frustrou com relação às técnicas que já não lembrava ter usado. Na hora de desenvolvendo uma nova HQs, prever o efeito da técnica utilizada com o provável resultado na impressão me obrigava a resgatar os originais das Hqs já publicadas e compará-las com sua edição. Na época, eu só tinha três histórias, mas imaginei como seria caso fossem centenas. Comecei a tomar nota em um caderno de todos os detalhes técnicos da HQ em produção e criei essa forma numérica para indexar as histórias. Bastava olhar o número na publicação e consultar o caderno para saber que tinta, pena, papel etc eu havia usado na arte. Conclusão: é neurose, sim!
Caderno de registros de Marcatti |
Essas informações são importantes para desenhistas que estão começando. Você teve esse tipo de referência no início de sua carreira?
Não só para quem está começando. Elas são importantes para mim até hoje. Ao produzir uma nova história, uma cena ou outra de alguma HQ me vem à mente como solução técnica que gostei e pretendo repeti-la. Recorrer a esses dados acaba sendo tarefa muito simples e rápida. Minha referência veio de observar os códigos publicados nas revistas da Disney/Abril. Eu não compreendia os números, apenas sabia dizer em que país haviam sido produzidas. Daí, inventei meu próprio sistema. A vantagem também está na forma de arquivar os originais e localizá-los se for preciso.
Não só para quem está começando. Elas são importantes para mim até hoje. Ao produzir uma nova história, uma cena ou outra de alguma HQ me vem à mente como solução técnica que gostei e pretendo repeti-la. Recorrer a esses dados acaba sendo tarefa muito simples e rápida. Minha referência veio de observar os códigos publicados nas revistas da Disney/Abril. Eu não compreendia os números, apenas sabia dizer em que país haviam sido produzidas. Daí, inventei meu próprio sistema. A vantagem também está na forma de arquivar os originais e localizá-los se for preciso.
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