Imagem: reprodução A Igreja sempre teve certa resistência ao que é novo, inovador, diferente. Não que nunca fosse aceitar; mas levava...

15:01:00 by Manuela Joana Engster
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A Igreja sempre teve certa resistência ao que é novo, inovador, diferente. Não que nunca fosse aceitar; mas levava certo tempo – quantas ainda falam que as tecnologias são ‘coisa do diabo’? É por isso que, muitas vezes, nerds, geeks - essa galera toda que curte tecnologia e novidades – acaba se afastando da religião; não porque necessariamente não acreditem naquilo que é pregado, ou porque tem suas dúvidas sobre o papel da instituição, mas porque são tão desprezados pelo que lhes interessam que acabam perdendo interesse em participar desse grupo. E é exatamente pensando nesse pessoal que muitas Igrejas têm investido em atualização: muitas já têm perfis em redes sociais e aplicativos, e, já faz um certo tempo, hqs e mangás. Aí que entra esta série:

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Série Mangá - As Aventuras da Bíblia

Editora: Next Manga
Roteiro e Arte: Ryo Azumi
Direção de Arte: Ai Horie
Adaptação para o português: Editora Vida Nova

Os textos antigos contam que, antes de qualquer coisa existir, já existia um Criador que deu vida aos seres angelicais. Eram poderosos e inteligentes, e tinham liberdade de escolha, mas um deles, achando que era tão espetacular quanto o Criador, rebelou-se, e depois de uma batalha, foi expulso do Reino Celestial.

Assim começa o Mangá Motim (Mutiny), o 3º da série de mangás produzidos diretamente da fonte, o Japão. É o mais recente da série  de mangás publicados no Brasil que contam de forma breve e com ilustrações coloridas, as histórias mais famosas da bíblia. Nessa edição, por exemplo, baseada nos livros de Gênesis e Êxodo, conta a história da criação, de Caim e Abel, do Dilúvio, da Torre de Babel, a história de Abrão (Abraão), a destruição de Sodoma, o sacrifício de Isaque, Esaú e Jacó e a história de José e de Moisés. Tudo em 296 páginas que contém a informação de onde, na bíblia, encontrar a passagem em questão.
Já existem cinco publicações: Mutiny (Motim), Melech (Mélek), Messengers (Mensageiros), Messiah (Messias), Metamorphosis (Metamorfose).

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Pontos Negativos:

Pra começar, algo que nunca entendi em algumas adaptações, eles não vem na ordem de leitura japonesa, ou seja, não é ‘de trás pra frente’, mas segue o caminho comum das HQs (da esquerda para a direita) – tipo Turma da Mônica Jovem. Além disso, existem alguns escritos em japonês que não foram traduzidos e, mesmo que eles sejam a versão original de alguma parte já traduzida, é interessante entender tudo aquilo que está escrito.

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Pontos Positivos:

Os traços lembram aqueles mangás shoujo (romance jovem) mais antigos – aqueles que parecem gritar MANGÁ! com seus olhos grandes e expressivos. Diferentemente dos originais, estes são, como dito antes, coloridos. Não que eu não goste daqueles em preto e branco, mas, visualmente, ele ficou maravilhoso com todas essas cores -  a riqueza do Egito nas histórias de José e Moisés parece muito mais evidente, com suas joias douradas e roupas de cores fortes, ao contrário das dos mais pobres, com cores mais foscas e sem graça. Além disso, no final, há um mapa de como, em teoria, foi o caminho descrito pelos personagens principais do mangá em questão. No ‘Motim’, podemos analisar o trajeto percorrido por Abraão, Jacó, José e Moisés em um mapa tão bem desenhado que faria qualquer professor de geografia suspirar. Para completar, ainda há uma árvore genealógica que vai desde Adão e Eva até Manassés e Efraim, filhos de José.

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Um comentário:

  1. Na época que a JBC lançou Star Wars em mangá, eles publicaram uma versão espelhada, o argumento era que o público de Star Wars era mais amplo e não estaria habituado com a leitura japonesa, a autora já trabalhou em mangás shojo e seinen.

    https://www.mangaupdates.com/authors.html?id=2749

    https://www.mangaupdates.com/authors.html?id=2749

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