17:38:00
A Guerra dos Gibis – A Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos 1933-64
Gonçalo Júnior
Companhia das Letras / 2004 / 408 páginas
Tão importante quanto ler gibis é saber como rolam as coisas nos bastidores dessa indústria. Com uma pesquisa minuciosa, Gonçalo Júnior conseguiu narrar a história das histórias em quadrinhos no Brasil. E o título do livro não é em vão, a publicação de HQs no país era uma verdadeira batalha, tanto entre os editores como entre editores e toda uma máfia que não queria esse tipo de leitura para as crianças.
Algumas curiosidades que aparecem na obra:
- Adolfo Aizen e Roberto Marinho romperam relações e brigaram por causa dos gibis. Os dois também foram os maiores defensores das HQs no Brasil.
- Nem todas histórias recebiam tradução literal. O dramaturgo Nelson Rodrigues começou como tradutor de gibis, com o detalhe que ele só conhecia algumas palavras em inglês e a maioria do roteiro ele inventava conforme os desenhos.
- O mercado de quadrinhos no Brasil teve anos em que eram publicados mais de 60 títulos ao mesmo tempo, vendendo milhões de exemplares.
- A revista Reader’s Digest foi uma das maiores inimigas dos gibis .
- A censura aos quadrinhos de terror nos EUA estimulou o mercado nacional nessa categoria.
- Leonel Brizola criou no RS a Cooperativa de Desenhistas de Porto Alegre (CETPA), que contou com Flavio Colin, para mim o melhor quadrinista nacional, e com Roberto Canini, que viria a ser o mestre das histórias do Zé Carioca e um dos mais influentes desenhistas da Disney.
Importante para fãs de quadrinhos e para jornalistas, pois os bastidores dessa guerra se passam basicamente nas redações dos jornais da época.
A Guerra dos Gibis – A Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos 1933-64 Gonçalo Júnior Companhia das Letras / ...
A Guerra dos Gibis
17:38:00 by marcelo engster
A Guerra dos Gibis – A Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos 1933-64
Gonçalo Júnior
Companhia das Letras / 2004 / 408 páginas
Tão importante quanto ler gibis é saber como rolam as coisas nos bastidores dessa indústria. Com uma pesquisa minuciosa, Gonçalo Júnior conseguiu narrar a história das histórias em quadrinhos no Brasil. E o título do livro não é em vão, a publicação de HQs no país era uma verdadeira batalha, tanto entre os editores como entre editores e toda uma máfia que não queria esse tipo de leitura para as crianças.
Algumas curiosidades que aparecem na obra:
- Adolfo Aizen e Roberto Marinho romperam relações e brigaram por causa dos gibis. Os dois também foram os maiores defensores das HQs no Brasil.
- Nem todas histórias recebiam tradução literal. O dramaturgo Nelson Rodrigues começou como tradutor de gibis, com o detalhe que ele só conhecia algumas palavras em inglês e a maioria do roteiro ele inventava conforme os desenhos.
- O mercado de quadrinhos no Brasil teve anos em que eram publicados mais de 60 títulos ao mesmo tempo, vendendo milhões de exemplares.
- A revista Reader’s Digest foi uma das maiores inimigas dos gibis .
- A censura aos quadrinhos de terror nos EUA estimulou o mercado nacional nessa categoria.
- Leonel Brizola criou no RS a Cooperativa de Desenhistas de Porto Alegre (CETPA), que contou com Flavio Colin, para mim o melhor quadrinista nacional, e com Roberto Canini, que viria a ser o mestre das histórias do Zé Carioca e um dos mais influentes desenhistas da Disney.
Importante para fãs de quadrinhos e para jornalistas, pois os bastidores dessa guerra se passam basicamente nas redações dos jornais da época.
Eu acho bacana fazer a compilação das informações desse livro. É uma ótima maneira de compartilhar o conhecimento que tu adquiriu. Muito bacana mesmo. Eu não li o livro do Gonçalo ainda e aprendi bastante com teu post.
ResponderExcluirAbraço.
Um dia destes depois de ler seu Blog, veja só, tropecei em nº1 de agosto de 1962 "SEPÉ", também no nº 2 "ABA LARGA" e em uma revista do cooperativismo da CETPA.
ResponderExcluirlucianospavani@gmail.com