Por Carlos Guilherme Vogel
Dia 04 está chegando e com ele a tão esperada cerimônia do Oscar. Bom, ao menos para algumas pessoas viciadas em cinema, embora sabemos que a premiação não é unanimidade entre os admiradores da sétima arte...
Eu costumo fazer uma maratona para assistir o máximo possível de filmes e poder dar os meus palpites. Segue abaixo a lista com os meus preferidos e alguns comentários sobre as categorias e os indicados.
FILME: 2018 foi um ano de bons filmes, apesar de não ter achado nenhum deles excepcionais, mas todos os indicados foram muito bons de assistir. Minha aposta é em “Três Anúncios para um Crime”, mas não ficaria chateado se o prêmio fosse para “Me chame pelo seu nome”. Acredito também que “Mudbound” merecia estar entre os indicados. Quem indica nove, indica dez, pô!
DIREÇÃO: Primeiro uma reclamação: acho que Martin McDonagh merecia indicação por “Três Anúncios...”. Entre os indicados, apesar da excelente direção de Guillermo del Toro em “A Forma da Água”, meu palpite (e minha torcida) é de que o prêmio vá para Christopher Nolan, por “Dunkirk”.
ATRIZ: Frances McDormand, por "Três anúncios para um crime". 21 anos depois de levar o prêmio por “Fargo”, ela tá arrebentando no papel de uma mãe que busca justiça pela morte da filha. Atuação foda. Vai ganhar de novo!
ATOR: Uma categoria difícil, com veteranos como Gary Oldman e ‘Sir’ Daniel Day Lewis concorrendo ao prêmio. A briga é difícil, mas a sensibilidade da interpretação de Timothée Chalamet em "Me chame pelo seu nome" pode garantir o Oscar pro moleque. Eu aposto minhas fichas nele.
FOTOGRAFIA: Fico em dúvida entre “Dunkirk” e “Mudbound”, mas vou apostar no segundo. Foto bonita pra c#$#*&0. Quero fazer um filme com uma foto dessas.
ATRIZ COADJUVANTE: Outra categoria bem difícil, na minha opinião. Allison Janney ("Eu, Tonya") levou o Globo de Ouro da categoria . Mary J. Blige ("Mudbound") emociona só com o olhar, e se ganhar o prêmio também vai ser merecido. Sou fã da Octávia Spencer desde “Histórias Cruzadas”, mas seu papel em “A Forma da Água” não me parece tão forte quanto o das concorrentes. Meu voto, então, vai para a interpretação potente de Laurie Metcalf em "Lady Bird".
ATOR COADJUVANTE: Woody Harrelson e Sam Rockwell estão excelentes em "Três anúncios para um crime", tanto que o filme rendeu dois indicados na mesma categoria. Vou apostar minhas fichas no primeiro.
ROTEIRO ORIGINAL: Martin McDonagh já levou o Globo de Ouro por “Três Anúncios para um Crime” e, na minha modesta opinião, vai levar o Oscar pra casa também. Todos os roteiros indicados merecem estar na disputa, mas a essas alturas do campeonato, já deu pra sacar qual o meu filme favorito deste ano...
ROTEIRO ADAPTADO: Outra categoria de excelentes roteiros. Meu voto vai para “Me chame pelo seu nome”, baseado no romance do egípcio André Aciman. “Mudbound” também é muito bem escrito e “A Grande Jogada” consegue ser bom mesmo recorrendo à narração.
DESIGN DE PRODUÇÃO: Estou entre “Dunkirk” e “A Forma da Água”. E até agora não consegui chegar a uma conclusão... voto em aberto até o momento.
EDIÇÃO: Vou apostar em “Dunkirk”, mas sem muita convicção. Acredito que “A Forma da Água”e “Três Anúncios para um crime” também tem chances de ficar com a estatueta.
FIGURINO: Coloco minhas fichas em “Trama Fantasma”, porque no filme as roupas e a confecção das peças fazem parte da trama da história, e tudo foi perfeitamente construído.
EDIÇÃO DE SOM e MIXAGEM DE SOM: os indicados são os mesmos nas duas categorias. Minha torcida é para “Dunkirk” e “A Forma da Água”. Cada um podia ganhar uma das categorias né?
TRILHA SONORA: “Três Anúncios para um Crime” tem uma trilha impecável, mas meu voto vai para “A Forma da Água”.
CANÇÃO ORIGINAL: Acho que Mistery of Love encaixa perfeitamente em “Me chame pelo seu nome”. Mas vale uma menção aqui para Mighty River (Mudbound), escrita e interpretada por Mary J. Blige, que também atua no filme.
LONGA DOCUMENTÁRIO: Não consegui assistir aos cinco indicados, mas com base nos que assisti, meu voto vai para “Visages Villages”, da veterana Agnès Varda e do fotógrafo JR. Não acho que um Oscar vá fazer muita diferença na carreira de Agnès, que aos 89 anos não precisa provar mais nada, mas um prêmio como esse mostra que idade não é empecilho para novos e entusiasmantes projetos. E comprova que parcerias entre os mais jovens e os mais experientes podem rendem excelentes resultados. S2
LONGA ANIMAÇÃO: Só assisti “Com amor, Van Gogh” e mesmo sem ter assistido aos outros, estou na torcida por ele. As imagens captam perfeitamente a essência da obra do pintor e foi uma das melhores coisas que assisti no cinema em 2017. Saí do cinema babando.
FILME ESTRANGEIRO: Por último, minha categoria preferida. Imagino que não seja fácil selecionar os cinco melhores filmes vindos de todos os cantos do planeta, mas os indicados fazem jus à categoria, que este ano tem os vencedores de 2017 de Cannes (“The Square: a arte da discórdia”) e de Berlin (“Corpo e Alma”), os mais importantes festivais do mundo, portanto dispensam comentários. O russo “Loveless” tem um roteiro excelente e prende durante as mais de duas horas de duração, mesmo sendo uma história pesada. De todos, o que eu menos gostei foi “Uma Mulher Fantástica”, mas ainda assim é muito bom (confesso que impliquei com o roteiro). E há que se comemorar o fato de Daniela Vega estar entre os artistas que apresentarão a premiação, pois pela primeira vez uma atriz transexual está entre os escalados. Parece que a Academia deu ouvidos às críticas que recebeu em 2016, quanto à ausência de diversidade, e está se esforçando...
Mas voltando aos indicados, meu voto vai para “O Insulto”. Os filmes vindos do oriente sempre surpreendem e este, partindo de uma premissa simples – um homem é insultado por outro por conta de uma calha, – aborda o histórico enfrentamento entre cristãos e muçulmanos no oriente médio. É a primeira vez que um filme libanês é indicado e, acredito eu, tem chances de levar o prêmio. Mas a briga vai ser feia.
Com relação às demais categorias (Curtas, efeitos visuais e maquiagem... ), sigo a orientação da Glória Pires e vou ficar de boca fechada, pois...
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