Depois da Sayo Yamamoto , sigo a série de mulheres e animes baseada na lista de diretoras feita pelo site Ovelha  e trago Naoko Yamada,...

11:20:00 by Manuela Joana Engster
Depois da Sayo Yamamoto, sigo a série de mulheres e animes baseada na lista de diretoras feita pelo site Ovelha e trago Naoko Yamada, uma das novatas que já tem seu nome associado a grandes sucessos como o da imagem acima: K-ON! Então vamos lá!

Naoko Yamada (fotinho tirada do site Cinenode)


Quem é?

Que difícil é encontrar alguma informação sobre essa mulher! O Wikipédia dela é um dos mais curtos possíveis, mas deu para ajudar um pouco... Naoko nasceu em Gunma Prefecture em 1984 (atualmente, ela tem 32 anos) e, desde criança, gostava muito de desenhar e copiar imagens de Patlabor (um mangá policial com robôs de Headgear que foi publicado entre 1988 e 1994 em 22 volumes) e Dragon Ball. Já na Universidade de Arte e Design de Kyoto, ela estudou pintura à óleo além de ser membro de um clube de efeitos visuais - o que, provavelmente, a deixou interessada em trabalhar com cinema após se formar. Porém, ao sair da Universidade, ela viu um anúncio de vaga de emprego na Kyoto Animation (estúdio de onde saíram os queridinhos Kanon e Clannad). Lá, ela trabalhou desenhando algumas cenas inbetweening de Inuyasha e não demorou muito para ser promovida ao cargo de animador principal em Air (um romance fofinho e erótico). Mas foi só depois de dirigir um dos episódios de Clannad é que ela finalmente foi convidada a participar da direção principal de um anime saindo do forno: K-ON!

O que dirigiu?

K-ON!, K-ON!!, K-ON!: Live House!, K-ON!: Movie

"Sensação de ir do inferno ao céu" - foi algo do tipo que Yamada disse ao se referir a essa direção. E não tem como não concordar: K-ON! fez tanto sucesso que teve 2 temporadas, 1 OVA, 1 filme e 1 jogo de videogame. A história gira em torno de 4 garotas que, no ensino médio, se juntaram para formar um clube de música. Porém, uma das quatro, Hirasawa Yui, não sabe tocar nenhum instrumento e quase desiste do grupo, mas ela é convencida pelas outras a ficar e aprender tocar guitarra - o que ela faz e descobre uma paixão. Juntas, ela, a baixista Mio Akiyama, a baterista Ritsu Tainaka e a tecladista Tsumugi Kotobuki vão se tornar grandes amigas e amantes da música.

Tamako Market

Tamako Market, Tamako Love Story

Quando um pássaro falante aparece para Tamako Kitashirakawa, a filha mais velha de uma família que trabalha em uma loja de mochi (aqueles docinhos japoneses super-fofinhos), ela nem poderia imaginar que ele, Dera Mochimazzi, vinha de um reino distante a procura de uma esposa para seu príncipe. Dera acaba comendo mochi demais e fica muito gordo, o que o impede de continuar a jornada. O anime vai, então, acompanhar o dia-a-dia de Tamako e do pássaro falante em um grande mercado.
Com Tamako Love Story, o filme, também dirigido por Naoko, ela foi premiada com o prêmio New Face Award no Japan Media Arts Festival.

A Silent Voice


A Silent Voice

O trabalho mais apreciado de Naoko, A Silent Voice estreou alcançando o segundo lugar no ranking japonês dos mais vistos - em 2016, ano de lançamento, ficou em 19º nos filmes com maior arrecadação. O filme gira em torno de um garoto, Shoya Ishida, que bulinava, junto com seus amigos, Shoko Nishimiya, uma colega de classe surda do primário. Shoko acaba mudando de escola devido ao bullying e todos culpam Shoya. Assim, ele acaba virando o novo alvo e decide não ter mais amigos - e até pensa em suicídio. Porém, tudo muda quando ele reencontra Shoko que, percebendo seu sofrimento, decide conectá-lo novamente com seus antigos amigos.
O filme é muito elogiado pela forma em que trata o sofrimento e foi elogiado por Makoto Shinkai, o diretor do filme com mais arrecadação de todos os tempos, Your Name: "uma fantástica peça de arte" e "uma polida e grande produção" que nem mesmo ele conseguiria reproduzir. Eita.

A Silent Voice, de Naoko Yamada


Considerações finais

Naoko já mostrou para o que veio: com A Silent Voice provou ser capaz de transmitir questões delicadas de uma forma muito delicada e graciosa de se ver. Deixo aqui, também, um texto maravilhoso (em inglês) do site Madman Entertainment; "Seu trabalho - criticamente necessário em um momento em que a indústria do anime deve estar visando uma melhor representação e igualdade - vem como um lembrete franco de que a narrativa eficaz não tem fronteiras de gênero. Em vez disso, seu impacto faz surgir uma questão crítica quando se trata da indústria contando histórias significativas - como a indústria de anime pode continuar a avançar se houver uma falta de diversidade e apoio para diretores? Enquanto as atitudes em torno de seus contemporâneos estão mudando, Yamada continua melhorando a si mesma e seu processo. Através da clareza de sua narrativa, cada corte paira sobre o menor dos detalhes para trazer para fora uma experiência de total enriquecimento. Compreendida em seu uso da cor e da vivacidade, os personagens são zumbidos através de seu enredo pela facilidade de esforço de seu estilo - que sopram e pausam, raspam os pés em assoalhos concretos, e contemplam quietamente o mundo em torno deles. É nessa contemplação que A Silent Voice brilha intensamente."



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