V de Vingança

V de Vingança

Roteiro: Alan Moore / Arte: David Lloyd
Panini / Colorido / 305 pág.

Trinta minutos após o fim do filme e eu continuava ali, em frente ao computador (DVD só aqui, filho), parado, de olhos arregalados, só matutando “pqp, que filme fantástico, como pode Alan Moore não deixou que colocassem seu nome nos créditos?”. Absurdo! Coisa de gagá, que, só porque é gênio, só por esse insignificante detalhe, acha que pode cuspir no prato em que comeu e esnobar quem (tudo bem que eram os irmãos uachóvisky ou qualquer coisa que o valha) deseja utilizar sua obra.

Eu, claro, em cima de toda minha pouca moral dei uma chance pro Alan Moore e decidi que deveria ler V de Vingança. Fui a cata dele na internet e consegui baixar ela (desculpem-me os mais puritanos, mas não tenho grana pra ficar comprado muito HQ).

Abri a dita cuja e depois de duas páginas eu parei. Alan Moore, por favor, me desculpe. Eu... putz, que vergonha. Em apenas duas páginas pude notar quão mais complexo, contestador e agressivo é o HQ. Alan Moore, se tem alguém que é gagá aqui, sou eu! E digo mais, não só eu como os irmãos uachóvisky ou qualquer pessoa que tenha influenciado no roteiro do filme.

V de Vingança tem como tema a luta contra o fascismo e a censura do mesmo. E, incrivelmente, grande parte do gibi, aquela mais controversa, foi amenizada ou limada do filme. Ou seja, simplesmente foi CENSURADA, porque provavelmente o público careta dos filmes hollywoodianos seria escandalizado. Cadê o V pra dar uma lição nestes fascistas que comandam os estúdios estadunidenses?

No más, gostei do gibi e do filme. Mais do gibi, óbvio. Porém, acho que são duas obras DIFERENTES sobre um mesmo personagem e que V de Vingança é um ótimo filme para os padrões de Hollywood.

Por fim, coloco as últimas páginas do HQ publicado no Brasil onde Alan Moore explica o processo criativo para produzir V de Vingança. Leitura recomendadíssima. Para aumentar as imagens é spo clicar sobre elas.