Quando gurizote, época que acompanhava mais quadrinhos de super-heróis, tinha um super ser, meio lado B, que muito me agradava. Era o Home...

09:30:00 by marcelo engster

Quando gurizote, época que acompanhava mais quadrinhos de super-heróis, tinha um super ser, meio lado B, que muito me agradava. Era o Homem Animal. Acompanhei ele por um tempo na DC 2000 e depois esqueci do dito cujo.


Pois bem, dias desses, passeando em fóruns, vi uma discussão sobre o mesmo. Eram só elogios para os quadrinhos do Homem Animal. A personagem passara a ser cult. Alguns até comparavam com Sandman. Exageros à parte, o grande destaque ficava para os roteiros. Obviamente, baixei.


É necessária alguma paciência nas primeiras histórias, que parecem repetir as de outros supers. Mas a persistência é recompensada. A primeira fase é escrita por Grant Morrison e tem os desenhos de Tom Grummett. Morrison é mais um argumentista britânico que mexeu com os super-heróis estadunidenses. Homem Animal é prova disso. Grant envolve a personagem nos movimentos pelos direitos dos animais. Insatisfeito com os rumos de suas atitudes, Homem Animal vai em busca da origem de seus poderes. A partir deste ponto, a história quebra todas as barreiras da metalinguagem em quadrinhos.O Homem Animal confronta toda a verdade.

A segunda fase, com roteiros de Peter Milligan e arte de Chas Truog e Steve Dillon, é, provavelmente, a mais surreal de todas. Figuram nela, personagens como Nowhere Man, Primeira Página e Cigarro Verde. Após, quem tomou as rédeas do roteiro foi Tom Veitch. O destaque aqui fica pelo interminável sofrimento do Homem Animal. Aliás, Homem Animal poderia muito bem se candidatar a personagem principal boazinha da malhação ou novela mexicana, tamanha a quantidade de desgraças que acontecem em toda a sua carreira de super (destaque para as situações as quais explicam o porque da castidade de muitos super-heróis). Por fim, a última fase que acompanhei foi escrita por Jamie Delano, com arte de Steve Pugh. É o amadurecimento da personagem. Aqui, pouco sobrou de histórias de super-herói. Terror e psicológico já comandam a revista.

Uma pena nenhuma editora nacional ter dado o devido valor ao Homem Animal. Enquanto isso,ficamos com os scans.

---

Ficam aqui, também, alguns textos sobre o Homem Animal que saíram nas edições nacionais (clique nas imagens para ampliar).


Grant Morrison escreve sobre seu projeto:



Álvaro de Moya e o Antropomorfismo nos quadrinhos:


Eloyr Pacheco apresenta o Homem Animal:

Texto de João Paulo Martins:

0 comentários:

Postar um comentário