Manual do Super Herói Por: Claudio de Souza Layout e Criação de Humor: Cesar Roberto Sandoval Capa e criação visual dos heróis: Michio Y...

07:50:00 by marcelo engster

Manual do Super Herói
Por: Claudio de Souza
Layout e Criação de Humor: Cesar Roberto Sandoval
Capa e criação visual dos heróis: Michio Yamashita
Arte-final: Roberto Barbist
Idéia Editorial / Color / 1975 / 190 pág



“Olhe-se bem no espelho. Primeiro de frente, depois de perfil. Agora, de frente outra vez. Olhe-se bem, mas bem mesmo, em seus próprios olhos. O que você está vendo? Calma, calma; pense bem antes de responder. Você está vendo um cara cheio de sardas e espinhas, cabelo espetado, os braços sem músculos, ombros caídos, peito lá embaixo, quase tocando os dedos dos pés?”
E assim começa o Manual do Super-Herói. Com uma linguagem que lembra aqueles desenhos em que Pateta deve aprender algo, esta é uma das obras mais engraçadas sobre os super seres. São cento e noventa páginas explicando tim tim por tim tim tudo o que você precisa saber sobre como se tornar o mais novo defensor dos fracos e oprimidos. Uniforme, poderes, palavra mágica, mascote, família, sindicato. Tá tudo ali.
Manual do Super-Herói levanta questões que são (ao menos o eram na época do lançamento) exigências do mercado consumidor como sendo necessárias para um super. Estas são, a meu ver, as partes mais interessantes para aqueles que estudam quadrinhos. Como exemplo, fica a questão da castidade dos super-heróis. No fim do post está disponível o capítulo que trata sobre o tema.
Publicado na década de 70, o livro tinha como público alvo o infanto-juvenil. Deste modo, muitas partes podem ser maçantes ou sem graça para o público adulto que o ler agora. Outras partes ainda ficaram bem desatualizadas, como os acessórios. Recomendam uma parafernália para o candidato à super. Grande parte delas, hoje, pode ser encontrada em um pequeno aparelho de celular. Apesar dos pesares, Manual do Super-Herói é uma obra que deve ser lida pelos amantes dos super-heróis.
Fiquei um pouco confuso sobre quem fez o que no livro. Teve uma porrada de gente que trabalhou na obra e esse pessoal todo é apresentado em várias páginas diferentes. Os créditos colocados acima seguem exatamente como descritos no livro.
Não achei nenhuma edição nova do Manual. Uma pena. Na verdade, muitas das obras sobre quadrinhos dos anos 70 não se encontram mais em livrarias. Grande parte delas é importantíssima para o estudo da nona arte. Livros como os do Álvaro de Moya ou do Moacy Cirne são referencias para a área. Não há explicação para o descaso das editoras com estas obras.
Ainda bem que temos o F.A.R.R.A para a salvação da massa quadrinista desamparada.
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A Castidade (clique nas imagens para ampliar)


3 comentários:

  1. Fala Marcelo!

    Tou passando aí prá deixar um link com uma HQ online minha: http://ds.art.br/hqs/muertos/

    Dá uma olhada lá! Querendo, entra em contato! Querendo meeeesmo, pode até divulgar que não vou brigar contigo!

    : )

    Grande abraço!

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  2. Que lindo, cara... li isso quando era criança...saudades!

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  3. Genial seu post! Valeu pela lembrança! Até hoje eu tenho esse Manual e guardo como um tesouro. Abraço!

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